No fim de janeiro, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) cobrou explicações das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) quanto ao aumento significativo nas contas de luz de catarinenses, após reclamações da população quanto ao valor cobrado.
Na ocasião, a sede do MPSC, em Florianópolis, recebeu representantes dos Procon’s de todas as regiões do Estado, para discurtir relatos de clientes que alegam reajustes abusivos, de até quatro vezes. A reunião foi conduzida pelo promotor de Justiça, Marcelo Brito de Araújo, e pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor, a promotora de justiça, Greicia Malheiros da Rosa Souza. A Celesc, por sua vez, foi notificada para esclarecimentos.
Foram entregues 1.242 denúncias protocoladas nos Procon’s e outras 758 registradas diretamente no 0800 da Celesc para análise. Segundo relatório, caberá a estatal fazer a seleção de quais residências visitar.
O prazo para as novas medições e, também, a apresentação do resultado constatado, em casos de erro na fatura, é de 60 dias. A Celesc, também, se comprometeu a não cortar a energia de usuários que terão suas contas reanalisadas e que ainda não pagaram a fatura de energia, referente ao mês de janeiro.
“A Celesc considera muito positiva essa aproximação que o MP propiciou entre Procon, a sociedade e a distribuidora. É uma chance que nós temos de apresentar, de forma transparente, didática e bastante clara, a maneira que é feita a cobrança na fatura de energia”, disse o diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios, Pablo Cupani, em relatório divulgado no site oficial da Celesc.
Pablo reforçou a informação de que o volume de energia foi muito alto nesses mês de janeiro, sendo que o sistema bateu sete recordes de demanda, por isso o aumento do consumo e, consequentemente, da fatura. Ele destacou a importância do respeito ao consumidor e garantiu verificação dos casos de reclamação.